"É preciso preparar-se para mais elevados conhecimentos, só neste pensamento pode a nova consciência aproximar-se da humanidade"

(Mestre El-Morya)


sexta-feira, janeiro 20, 2012


Illuminati, O Título Usurpado

Assim como quando olhamos no espelho encontramos um reflexo da realidade, nesse plano da existência, maia ou matéria, o plano da ilusão, é comum encontrarmos diversos tipos de imagens refletidas em espelhos adulterados, tentando usurpar o verdadeiro lugar daqueles que são guiados pela Fonte de toda a vida e de todo o amor. Assim é com os falsos illuminati, que usurparam um termo antigo atribuído àqueles que são as luzes que guiam os passos da humanidade, adulterando a imagem dos verdadeiros portadores da sabedoria, instituindo organizações corruptas e tentando manter a estrutura ditatorial e controladora constituída há milênios.

O termo illuminati (illuminatus no singular) é, de fato, um título secreto concedido por algumas escolas de mistério reconhecidas pela Grande Fraternidade Branca a alguns poucos e dedicados irmãos de luz que conseguiram atingir um determinado grau de conexão com a Fonte Primordial, Deus, fazendo com que eles consigam manifestar um pouco da sabedoria divina, mesmo que essa conexão ainda não esteja muito madura ou estável. Há dois níveis de consecução deste grau, o da iniciação material, onde o iluminatus ainda é um noviço, e o da iniciação verdadeira, que é realizada em planos superiores da existência (planos = campos de manifestação da consciência), onde se estabelece a iluminação propriamente dita, com efeitos verificáveis nos corpos sutis e físicos do ser. Podemos dizer que o título concedido em cerimoniais na matéria é apenas como uma “autorização” que habilita o discípulo a ser iniciado por Sanat Kumara, o Senhor do Mundo, mas somente Ele pode declarar o discípulo como um illuminatus e somente o discípulo, ou seres que tenham atingido a percepção conciencional de planos mais elevados, podem saber quem verdadeiramente é ou não um illuminatus; por isso esse termo é velado, até porque, um illuminatus tem humildade suficiente para não se declarar como illuminatus na frente de irmãos que não tenham capacidade consciencional suficiente para identificá-lo e, para os que têm, há menos importância ainda se identificar como tal. Etimologicamente, é um termo latino, que significa “iluminados”, cujo plural é illuminati, ou seja, é um estado de sabedoria, abrangendo algumas etapas do caminho consciencional.

Infelizmente, como disse acima, esse termo foi usurpado e, alguns irmãos que certamente atingiram o nível do estudo onde receberam a iniciação material, mas não atingiram a verdadeira iluminação, acabaram por criar sociedades secretas que, em vez do verdadeiro motivo do amor e união, quiseram continuar a segregar as pessoas com base em princípios preconceituosos e sectários, com o objetivo de manter as estruturas fascistas e despóticas que ainda temos montadas em nosso mundo. Podemos dizer que a maioria das iniciativas que visam fortalecer a segregação e elitização social, dividindo o mundo entre pessoas que têm direito a regalias e outras não, tem a semente em alguma articulação conduzida pelos falsos illuminati, mesmo que o executor não tenha noção disso.

A origem dos falsos illuminati não está clara, nem é possível encontrar referências muito coerentes quanto à sua existência como uma organização operacional e infiltrada nas estruturas de poder, mas isso é proposital e tem como objetivo confundir a opinião pública para que esta possa questionar sua existência e desacreditar de suas ações e intenções. Alguns pesquisadores afirmam que ela estaria ligada a uma sociedade secreta fundada em 1776, durante o iluminismo, mas que teria sido perseguida anos mais tarde pelo risco que suas idéias representavam para o establishment da época, o que é contraditório, pois se os falsos illuminati estão ligados ao poder, como eles poderiam ser uma ameaça ao poder? Alguns atribuem a Maçonaria como instrumento dos falsos illuminati, assim como outras escolas de mistério também o seriam, como a Rosacruz, mas para mim, isso é “cortina de fumaça” para ocultar sua existência, até porque, o termo illuminati pode ser utilizado por essas escolas, conforme eu mencionei acima, como título de consecução mística, o que é conveniente para os falsos illuminati, pois em um caso de revolta popular ou algo parecido, eles podem culpar os verdadeiros illuminati e colocá-los na “cova dos leões”, como já fizeram diversas vezes no passado. O fato é que, partindo do pressuposto de que há uma articulação global para a manutenção do establishment, certamente membros ou agentes desse establishment deveriam estar infiltrados em todas as estruturas de poder e de disseminação do conhecimento para controlar qualquer ameaça que possa aparecer. Por mais que isso pareça a tal da teoria da conspiração, convenhamos que as agências de inteligência das nações dominantes são extremamente hábeis nesse tipo de controle e estão sim infiltradas de forma a controlar tudo que possa abalar a ordem estabelecida.

A informação da existência dos falsos illuminati como organização estruturada e operante é veiculada por dissidentes dessa ordem, bem como por algumas pessoas que estiveram muito próximas de seus membros e suas ações, mesmo não participando da organização e suas idéias. Essas pessoas, muitas vezes, têm sua reputação aviltada e suas atividades abafadas, também para confundir a opinião pública. Outras são ignoradas, pois nunca atingem uma massa crítica de seguidores que as façam ser consideradas ameaça, além do que, ajudam a manter a confusão e a desinformação.

Em termos místicos, os falsos illuminati têm um “calcanhar de Aquiles”, que é a sua incapacidade para atingir campos consciencionais elevados, portanto, eles só conseguem atuar e interferir na vida das pessoas através dos planos inferiores, como a consciência objetiva, a sugestão, alguma parte inferior do inconsciente coletivo e através de emoções inferiores, como as causadas pelo medo, que é sua principal arma. Eles sabem que o medo é a maior barreira para o estabelecimento da conexão com a Fonte Primordial, então, eles criam e disseminam a cultura do medo através do incentivo ao terrorismo, à criminalidade, insegurança, individualidade, competitividade, guerras, idéias dualísticas como céu e inferno, noções religiosas de um Deus punitivo, umbral e similares, Carma como punição, enfim, qualquer atividade ou informação que faça as pessoas se sentirem amedrontadas, separadas da Fonte Primordial e, conseqüentemente, desamparadas, culpadas e sem esperança. Veja que eles controlam a mídia, portanto, é fácil perceber porque há poucas notícias verdadeiramente boas nos veículos de massa. Mesmo a internet é vigiada e eu posso apostar que essa proposta SOPA do congresso americano está sendo articulada por eles, pois um ambiente livre e sem controle permite que idéias ameaçadoras ao establishment tomem corpo e produzam resultados contrários aos interesses deles.

Pelo fato do medo ser o principal meio de controle utilizado pelos falsos illuminati, a forma de afastar sua influência nefasta é nos livrarmos do medo. Isso não significa que precisamos usar a coragem, pois coragem não significa ausência de medo, mas sim é apenas um meio para reagirmos e lidarmos com ele; o verdadeiro subjugador do medo é o amor. Quem tem amor, se entrega e se abre, portanto, esquece-se do medo. É fácil entender isso dependendo da forma como você visualiza. Imagine que a pessoa que você mais ama na vida está sendo ameaçada de morte, qual seria sua ação frente a isso? Certamente, você se colocaria em defesa dessa pessoa sem se preocupar com o que possa acontecer a você mesmo; você se prepara para tudo nesse instante, até para morrer se for necessário, não dando a mínima para o medo. Se expandirmos isso a um nível divino, começamos a entender palidamente a passagem de Cristo no planeta, sendo que Sua entrega foi em defesa da libertação da humanidade, ou seja, Ele não se preocupou com o que aconteceria com Ele, pois Ele amava tanto que queria salvar a todos. É lógico que atingir esse nível de amor é um trabalho longo para nossa consciência ainda frágil, mas reconhecer o medo como agente de separação da Fonte Primordial é o primeiro passo para que possamos nos libertar do jugo dos falsos illuminati e para que possamos começar a trazer o reino de Deus para terra. Nesse sentido, sempre que você sentir medo, adote a prática de refletir sobre qual a semente que o está afastando de Deus. Não adianta brigar contra o medo, é necessário compreender sua natureza, qual a programação mental feita pelos falsos illuminati está ativada em sua consciência (e até no seu DNA) naquele momento; lembrando que grande parte da sua consciência inferior foi programada de forma a potencializar o medo, através da perpetuação de costumes trazidos inconscientemente pelos seus pais, herança genética e de todo o sistema de educação que temos, que causa insegurança ao invés de desenvolver potenciais. Reflita sobre o medo, mas não foque nele, apenas procure o sentimento amoroso complementar àquela situação e procure potencializá-lo. Você vai encontrar esse sentimento no seu coração, como um calor e um conforto que aparece no lugar do aperto no estômago. Sim, é perto assim, o medo fica no estômago, mas o amor está no peito e ligado à Fonte Primordial, que ampara a todos, que provê a vida e fortalece aquele que está com Ele.

Por hora, paro por aqui para não me estender mais, mas voltarei ao assunto futuramente.

Que o Deus do seu coração alimente Seu Amor em seu ser!


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